26 março 2011

«EU PREFIRO SER CRITICADO HOJE POR TER DITO O QUE DISSE SOBRE OS IMPOSTOS DO QUE MENTIR AOS PORTUGUESES» disse Passos Coelho na sua 1ª entrevista após a demissão de José Sócrates

(c/vídeo)

«OS POLÍTICOS NÃO PODEM PROMETER QUALQUER COISA.»
«QUANDO UM PAÍS CHEGA A UMA TAL SITUAÇÃO [DE URGÊNCIA] QUE NÃO TEM OUTRA SAÍDA, O PIOR QUE SE PODE FAZER É CRIAR UM CLIMA EMOCIONAL NO PAÍS QUE DIGA "NÓS PREFERIMOS MORRER À FOME DO QUE PEDIR AJUDA". ISTO É UM DISPARATE !
AGORA, NÓS PRECISAMOS DE AUMENTAR OS GRAUS DE LIBERDADE PARA DECIDIR A NOSSA POLÍTICA ECONÓMICA. E QUANTO MAIS TEMPO ESTE GOVERNO ESTIVESSE A GOVERNAR, MENOS GRAUS DE LIBERDADE PORTUGAL IRIA TER PARA O FUTURO.»
«Todas as coisas que são ditas na comunicação social são susceptíveis de serem extrapoladas e retiradas de algum contexto.

Deixe-me dizer-lhe aquilo que eu disse, porque eu não costumo falar por falar.

O que eu disse foi que ninguém no seu perfeito juízo, antes de eleições, se pode comprometer a não mexer na carga fiscal sem ter a noção exacta de qual é a verdadeira situação financeira do Estado. Foi isto que eu disse.
Disse mais: disse que preferiria, a haver necessidade disso - que é como quem diz se no curtíssimo prazo não tivermos sequer tempo para tomar outras medidas e for necessário ir buscar dinheiro - eu preferiria mil vezes (e continuarei a dizê-lo) arranjar dinheiro do lado da receita sobre o consumo do que ir às pensões mais degradadas ou às reformas.  Foi isto que eu disse.» (transcrições)

Entrevista de 25 de Março de 2011
(cortesia SIC)

«O líder social-democrata e candidato a primeiro-ministro argumentou na SIC que se surgir, até às eleições, uma situação de "urgência" em termos de financiamento do Estado português, o actual Governo, embora demissionário, tem poder para pedir ajuda a Bruxelas e ao FMI. "Isso cabe inteiramente ao seu mandato", defendeu, acrescentando que nessa situação teriam de existir "garantias parlamentares" de que o Estado não falhará com os seus compromissos.

Recusando a "diabolização do FMI" e recusando também colocar a intervenção externa como "uma questão de honra nacional", Passos lembrou que Grécia e Irlanda pagam hoje juros da dívida pública inferiores aos cobrados a Portugal. 
Também por isso condenou posturas do género "preferíamos morrer à fome do que pedir ajuda" quando um País chega a uma situação de urgência.
Sobre o futuro, Passos fez votos para que as eleições lhe dêem uma maioria absoluta mas assegura que, mesmo nesse cenário, procurará levar mais partidos para o seu Governo. "Precisamos mais do que a legitimidade de um partido", declarou, não fechando a porta a que um PS sem José Sócrates possa integrar o futuro elenco governativo. "Há seguramente muitos socialistas que não se revêem nesta liderança", apontou.

Passos também assegurou que "o PSD não se apresentará às eleições sem ter as linhas gerais, bem definidas, do que será o futuro PEC". E o líder do PSD volta a admitir que esse PEC poderá prever uma nova subida do IVA se a alternativa for cortar pensões. "Se, no curtíssimo prazo, precisarmos de ir buscar dinheiro, prefiro arranjar dinheiro do lado do consumo do que ir às pensões e às reformas", prometeu, avisando que "ninguém no seu perfeito juízo, antes de eleições, se pode comprometer a não mexer na carga fiscal sem ter uma noção exacta das contas públicas".

"Reafirmei em Bruxelas o compromisso solene do PSD de se comprometer com a trajectória de todos os objectivos firmados pelo Estado português relativamente ao défice público", revelou Passos, que esta semana foi um dos principais focos de atenção da cimeira europeia.

Antecipando que Cavaco Silva deverá convocar eleições para 29 de Maio ou 5 de Junho, Passos Coelho revelou que o PSD teria apresentado uma moção de censura no caso de José Sócrates não ter entregue o pedido de demissão ao Presidente da República, na sequência do chumbo parlamentar do PEC 4. Esse PEC, classificou Passos, "foi a gota de água no sentido de que há limites para tudo".»
Fonte: Económico 25.03.2011 (21:39)

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