30 março 2011

CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA DE MILITANTES DA CONCELHIA DE LAGOS DO PSD

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 SÁBADO DIA 30 DE ABRIL DE 2011 ÀS 16:00 NA SEDE 
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29 março 2011

COMUNICADO DA CPS DE LAGOS DO PSD Nº 2.2011

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LAMENTÁVEL SITUAÇÃO QUE NINGUÉM DESEJOU, NINGUÉM PREVIU ???

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"...lamentável situação que ninguém desejou, ninguém previu... ???"

Será que a Câmara já estará a preparar os trabalhadores para uma redução de salários baseada numa ruptura na tesouraria municipal?
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28 março 2011

REQUERIMENTO DA DEPUTADA ANTONIETA GUERREIRO DÁ ORIGEM A FACTOS INSÓLITOS EM LAGOS

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NI-24_27-03-2011


Segundo a Deliberação n.º 736/2011, publicada no Diário da República de 25 de Março de 2011, foi determinado, a de 24 de Fevereiro de 2011, pelo Conselho Directivo do Instituto do Emprego e Formação Profissional, I. P., o encerramento do concurso para o provimento do cargo de Director de Centro do Centro de Emprego de Lagos da Delegação Regional do Algarve, cargo de direcção intermédia de 1.º grau, em virtude de não ter sido proposta, pelo Júri, a nomeação de qualquer dos candidatos a concurso.

Ou seja, depois da apresentação do requerimento da deputada Antonieta Guerreiro o assunto foi encerrado e só mais de um mês depois, da decisão do Conselho Directivo do IEFP, é que o assunto foi publicado em Diário da República.

«Eis que o insólito acontece em Lagos», diz Antonieta Guerreiro, «a decisão do Conselho Directivo do IEFP sobre o encerramento do concurso em causa aconteceu, exactamente, um dia antes de eu ter questionado a tutela sobre esta matéria. O requerimento foi entregue na mesa no dia 25 de Fevereiro de 2011, pois então, o Conselho Directivo decidiu no dia anterior – o que é extraordinário. Quanto à sua publicação, em Diário da República, esta surge na sexta-feira, 25 de Março de 2011, exactamente, um mês depois da apresentação do meu requerimento» reitera a deputada algarvia do PSD.

De acordo com o anúncio, ninguém foi indicado pelo júri para ocupar o cargo, de onde se pode concluir que aquele centro de emprego continua sem liderança. «É mais um episódio insólito ou são meras coincidências de datas que acontecem na nossa administração?!» replica Antonieta Guerreiro.


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A ASFIXIA DO CENTRALISMO

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Artigo de opinião da Deputada PSD à AR Antonieta Guerreiro
publicado na edição de 24.Mar.2011 do jornal "O Algarve"
(clicar na imagem para ampliar)

O PRIMARISMO DO PS DE SÓCRATES

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Da parte do PS de José Sócrates, a julgar pela amostra junta, a campanha para a próximas eleições legislativas será aquilo a que os académicos da área chamam de "campanha suja" e, pela amostra, será marcada por um primarismo já em desespero face ao inevitável.



Não se trata de irreverência excessiva numa iniciativa de uma qualquer organização concelhia de uma qualquer juventude partidária.  Mas não é !


A iniciativa foi de Renato Sampaio (v. biografia), que é, nem mais nem menos, que um político português muito próximo do ainda primeiro-ministro Sócrates. 
Foi de facto este Sr. Deputado, que, ainda para mais, é o recentemente reconduzido Presidente da Federação Distrital do Porto do PS - com o slogan "Porto Positivo"... - que publicou esta peça na passada 6ª feira 25.Mar.2011 como foto de mural no seu Facebook.

Este é apenas mais um sinal de que o verdadeiro estado de emergência nacional a que Portugal chegou tem origem predominantemente interna e não externa. A começar por este tipo de intervenção política.
  
Era quase impossível fazer pior neste momento perante a situação dramática que Portugal atravessa. Tão inesperadamente, e logo a partir do Porto... 

Pior ainda, bem... só se ressuscitarem os mortos que ainda figuram nos cadernos eleitorais para que, se calhar, ainda possam votar. Ou alguém por eles...

O que este episódio vem evidenciar é que este PS de Sócrates vai apostar tudo no primarismo, na vitimização e na indecência para além dos limites.

Mas não é de nada disto que Portugal precisa. É que depois de andarmos todos a ouvir o PS a dizer que a crise, a nossa inclinadíssima crise portuguesa, tem a ver com a dita crise financeira internacional, o que os Portugueses já sabem é que  como não tivémos a bolha imobiliária espanhola, nem tivémos o problema da banca irlandesa e como toda a gente sabe que foi  por esses dois meios que os países que foram realmente afectados pela crise internacional o foram, a pergunta que todos os portugueses de todos os quadrantes fazem é: 

ENTÃO PORQUE É QUE TEMOS CRISE?

Perguntarão porque é que um Cidadão irrelevante (como diria Cândida Almeida) de uma concelhia do PSD tão distante da do Porto como esta de Lagos se pronuncia sobre este triste e  grotesco episódio. 

É simples e não é por causa do facto de o Sr. Renato Sampaio figurar como membro do "Grupo de Trabalho Parlamentar sobre a Redução da Utilização de Sacos de Plástico". Já produziu efeitos em Lagos...

É por via do elo regional com que as gentes do Algarve estão ligadas ao Porto e ao Norte de Portugal, de onde são originários tantos dos nossos algarvios de adopção reconhecidos pela sua tenacidade, mas também pela sua lealdade.

Mas é também pela ligação ao nosso Infante D. Henrique que, como toda a gente sabe, nasceu no Porto. É que pode o Infante nunca ter navegado de barco para concretizar os Descobrimentos Portugueses. Mas ele sabia que era possível. "Foi lá" e fez. 

Uma coisa é certa: Portugal não sobreviverá a esta verdadeira maré negra de lixo político se não se mudarem urgentemente as lideranças e não se assumirem as atitudes necessárias para resolver Portugal.

Pena é que Renato Sampaio tenha escolhido o lixo em vez dos sacos...
E pena é que a este PS de Sócrates, sabendo que os Portugueses - entre os quais se contam tantos e tantos socialistas -  já nem precisam de perguntar "Porquê" sobre quase nada (e falta sobretudo saber qual a dimensão do buraco cavado na vida de todos e cada um  de nós) lhe reste agora aquilo a que os especialistas chamam de "campanha suja" como meio para salvar uma face já perdida e salvaguardar desesperadamente as impunidades de... menos gente do que se pensa.

Mas não é assim que vai conseguir impedir o PSD de obter a maior maioria absoluta da História desta nossa tão maltratada Democracia! 

José Borba Martins
Coordenador GAP
PSD/Lagos
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P.S. Caro Renato, não vem ao caso mas a minha prima Celestina telefonou-me ontem e diz que até de bigodes gosta do Pedro Passos. Do que ela não gosta mesmo é daqueles bigodes pretos à alemã, sabe? Coisa que lhe ficou de um namoro antigo com um alemão ou austríaco qualquer de quem já nem se lembra o nome. Ela tem 93 anos e diz que vai votar. Se lá chegar, coitadinha...
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26 março 2011

«EU PREFIRO SER CRITICADO HOJE POR TER DITO O QUE DISSE SOBRE OS IMPOSTOS DO QUE MENTIR AOS PORTUGUESES» disse Passos Coelho na sua 1ª entrevista após a demissão de José Sócrates

(c/vídeo)

«OS POLÍTICOS NÃO PODEM PROMETER QUALQUER COISA.»
«QUANDO UM PAÍS CHEGA A UMA TAL SITUAÇÃO [DE URGÊNCIA] QUE NÃO TEM OUTRA SAÍDA, O PIOR QUE SE PODE FAZER É CRIAR UM CLIMA EMOCIONAL NO PAÍS QUE DIGA "NÓS PREFERIMOS MORRER À FOME DO QUE PEDIR AJUDA". ISTO É UM DISPARATE !
AGORA, NÓS PRECISAMOS DE AUMENTAR OS GRAUS DE LIBERDADE PARA DECIDIR A NOSSA POLÍTICA ECONÓMICA. E QUANTO MAIS TEMPO ESTE GOVERNO ESTIVESSE A GOVERNAR, MENOS GRAUS DE LIBERDADE PORTUGAL IRIA TER PARA O FUTURO.»
«Todas as coisas que são ditas na comunicação social são susceptíveis de serem extrapoladas e retiradas de algum contexto.

Deixe-me dizer-lhe aquilo que eu disse, porque eu não costumo falar por falar.

O que eu disse foi que ninguém no seu perfeito juízo, antes de eleições, se pode comprometer a não mexer na carga fiscal sem ter a noção exacta de qual é a verdadeira situação financeira do Estado. Foi isto que eu disse.
Disse mais: disse que preferiria, a haver necessidade disso - que é como quem diz se no curtíssimo prazo não tivermos sequer tempo para tomar outras medidas e for necessário ir buscar dinheiro - eu preferiria mil vezes (e continuarei a dizê-lo) arranjar dinheiro do lado da receita sobre o consumo do que ir às pensões mais degradadas ou às reformas.  Foi isto que eu disse.» (transcrições)

Entrevista de 25 de Março de 2011
(cortesia SIC)

«O líder social-democrata e candidato a primeiro-ministro argumentou na SIC que se surgir, até às eleições, uma situação de "urgência" em termos de financiamento do Estado português, o actual Governo, embora demissionário, tem poder para pedir ajuda a Bruxelas e ao FMI. "Isso cabe inteiramente ao seu mandato", defendeu, acrescentando que nessa situação teriam de existir "garantias parlamentares" de que o Estado não falhará com os seus compromissos.

Recusando a "diabolização do FMI" e recusando também colocar a intervenção externa como "uma questão de honra nacional", Passos lembrou que Grécia e Irlanda pagam hoje juros da dívida pública inferiores aos cobrados a Portugal. 
Também por isso condenou posturas do género "preferíamos morrer à fome do que pedir ajuda" quando um País chega a uma situação de urgência.
Sobre o futuro, Passos fez votos para que as eleições lhe dêem uma maioria absoluta mas assegura que, mesmo nesse cenário, procurará levar mais partidos para o seu Governo. "Precisamos mais do que a legitimidade de um partido", declarou, não fechando a porta a que um PS sem José Sócrates possa integrar o futuro elenco governativo. "Há seguramente muitos socialistas que não se revêem nesta liderança", apontou.

Passos também assegurou que "o PSD não se apresentará às eleições sem ter as linhas gerais, bem definidas, do que será o futuro PEC". E o líder do PSD volta a admitir que esse PEC poderá prever uma nova subida do IVA se a alternativa for cortar pensões. "Se, no curtíssimo prazo, precisarmos de ir buscar dinheiro, prefiro arranjar dinheiro do lado do consumo do que ir às pensões e às reformas", prometeu, avisando que "ninguém no seu perfeito juízo, antes de eleições, se pode comprometer a não mexer na carga fiscal sem ter uma noção exacta das contas públicas".

"Reafirmei em Bruxelas o compromisso solene do PSD de se comprometer com a trajectória de todos os objectivos firmados pelo Estado português relativamente ao défice público", revelou Passos, que esta semana foi um dos principais focos de atenção da cimeira europeia.

Antecipando que Cavaco Silva deverá convocar eleições para 29 de Maio ou 5 de Junho, Passos Coelho revelou que o PSD teria apresentado uma moção de censura no caso de José Sócrates não ter entregue o pedido de demissão ao Presidente da República, na sequência do chumbo parlamentar do PEC 4. Esse PEC, classificou Passos, "foi a gota de água no sentido de que há limites para tudo".»
Fonte: Económico 25.03.2011 (21:39)

25 março 2011

PEDRO PASSOS COELHO EM DISCURSO DIRECTO AOS PORTUGUESES

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Excertos vídeo do caminho do Presidente do PSD em discurso directo aos Portugueses.
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VISITE A SEDE RENOVADA DO PSD/LAGOS

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  AMANHÃ SÁBADO, DAS 15:00 ÀS 19:00 


Venha à Sede renovada do PSD/Lagos na Rua Soeiro da Costa 48/50. 

Qualquer pessoa ou empresa podem vir partilhar qualquer problema concreto ou tão simplesmente debater ideias, e o momento local e nacional, independentemente das suas opções políticas.

Não desista! 
Porque desistir da Democracia não pode ser opção para os Cidadãos do Concelho de Lagos

Se ainda não conhece este espaço de trabalho e convívio renovado que é composto de núcleo museológico, auditório, biblioteca, escritório e cafetaria,  aproveite e apareça também para debater a realidade concreta com os membros da CPS e militantes presentes.

  CUMPRIR A ESPERANÇA,  
  PARA CONSIGO RESOLVER LAGOS.  

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LAGOS À RASCA - E AGORA PS?

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Artigo de Opinião de Nuno Marques* in 'O Algarve' 24.Mar.2011
(clicar para ampliar)

* Vereador sem pelouro na C.M. de Lagos eleito pelo PSD, membro da Comissão Política Distrital  e coordenador do PSD/Algarve para as áreas do Ambiente e Território.
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23 março 2011

DECLARAÇÃO DE PASSOS COELHO APÓS A DEMISSÃO DE JOSÉ SÓCRATES

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O presidente do PSD defendeu hoje que era preciso "pôr fim ao clima irrespirável" de uma "situação pantanosa" e que o pior que o seu partido podia fazer "era dar o seu voto para que esta situação se prolongasse em Portugal".



Vídeo SIC


Estou muito tranquilo, apesar da gravidade da situação, disse Pedro Passos Coelho, em Lisboa.

O líder do PSD lembrou que "a crise em que Portugal tem vivido, de há muito tempo a esta parte, será enfrentada com determinação”.

Chegámos a um período em que os mercados não têm confiança em Portugal, porque o Governo não conseguiu ganhar essa confiança”, sublinhou.

O PSD, nas suas palavras, está consciente da gravidade da situação e entende que o cenário de eleições é o caminho normal numa democracia: “Será devolvida a palavra aos portugueses.

Temos condições para honrar os nossos compromissos, disse Passos Coelho, que diz que tudo fará para que os sacrifícios sejam distribuídos com “mais equidade”.

O PSD, diz, conta ir à raiz dos problemas” e quer "criar condições que contribuam para a estabilização da situação do País".
Precisamos de acabar com a crispação política, do jogo das culpas, do dedo em riste e da vitimização”, referiu.

Fonte: Correio da Manhã 23MAR2011 21:33

22 março 2011

"O PIOR QUE NOS PODE ACONTECER É FICAR COMO ESTAMOS"

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«O PSD até hoje tem dado condições, todas as condições que o Governo requereu em Portugal, justamente porque este Governo não tem maioria no Parlamento. Desde que as eleições ocorreram, o PSD viabilizou o Orçamento do Estado, o Programa de Estabilidade e Crescimento e a revisão intercalar do PEC no ano passado que conduziu a um aumento de impostos e a um corte na despesa que não foi cumprido», disse em reacção à acusação de Jorge Lacão de que o partido laranja está a «atirar o país para os braços da ajuda externa».



Por isso, Pedro Passos Coelho diz BASTA: «ainda hoje o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, veio dizer que as medidas apresentadas a Bruxelas não são negociáveis, exactamente o contrário do que diz agora o Governo».  


«O CLIMA EM PORTUGAL ESTÁ IRRESPIRÁVEL».

«O desempenho que foi feito até hoje não é» aquele que se esperava. Não o é «face aos mercados, aos parceiros, ao BCE...». O chumbo do PEC por parte do PSD foi anunciado anunciado este fim-de-semana. Uma decisão que é para manter, atendendo às palavras do seu líder, pouco tempo depois de o Governo ter entregue o documento no Parlamento

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PASSAGEIROS DO BARLAVENTO AGUARDAM EM TUNES MAIS DE MEIA-HORA PELO ALFA PENDULAR

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Nota de Imprensa Nº21

“Passageiros do barlavento aguardam em Tunes mais de meia-hora pelo Alfa Pendular”, diz a deputada Antonieta Guerreiro.

Na sequência do 4º atendimento aos eleitores, em Lagos, pergunta a deputada «porque razão os utentes da CP, que entram em Lagos em direcção a Lisboa, são obrigados a esperar 34 minutos em Tunes para embarcar no Alfa que vem de Faro, depois de terem efectuado um percurso de 57 km em 56 minutos? e que uso pretende dar à Estação C.F. de Lagos original?»

Antonieta Guerreiro entregou no dia 14 de Março, nos serviços da Mesa do Plenário vários requerimentos a serem enviados ao Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, à CP e à REFER colocando várias questões respeitantes à falta de modernização da Linha do Algarve, à Estação C. F. de Lagos e horário dos comboios regionais de Lagos para Tunes.

Rui Araújo, presidente da secção concelhia de Lagos do PSD, considera, quanto aos horários, que «mais uma vez a CP tomou decisões sem ter em conta as necessidades dos residentes do concelho de Lagos que, também neste caso do transporte ferroviário, se está cada vez mais a tornar periférico.»

No que diz respeito ao Porto de Lagos, foi também enviado ao MOPTC um requerimento questionando «quais as razões que impedem a assinatura do memorando de entendimento entre a Docapesca, a MarLagos (entidade exploradora da Marina de Lagos), a Câmara Municipal e o IPTM?»

Ainda quanto à interacção entre o IPTM e a Autarquia, os sociais democratas querem saber: «se, como e quando se fará a transferência dos activos não-portuários do IPTM para o activo municipal de Lagos, e outros municípios do Algarve, na sequência do anúncio feito pelo primeiro-ministro aquando da transferência desses activos para a câmara de Lisboa».
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PORTO DE LAGOS: AS PERGUNTAS DOS LACOBRIGENSES FEITAS PELA DEPUTADA ANTONIETA GUERREIRO AO MOPTC

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Assunto: Porto de Lagos - Memorando de entendimento.

Destinatário: Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

 
Ex.mo Sr. Presidente da Assembleia da República,

No âmbito da reformulação do Porto de Lagos e terrenos envolventes, celebrou-se um acordo em Junho de 2005, entre a CML, REFER a CCDR e o IPTM. 

Em Setembro de 2006, a CML emitiu parecer favorável ao Plano Sectorial da Doca, elaborado pelo IPTM. 

Em Julho de 2008, foi apresentada a Reformulação do Plano Sectorial da doca de Lagos, com base no Plano do IPTM. 

Em Novembro de 2008, aparece uma nova versão para o Ordenamento do Porto de Lagos, mais uma vez proposta do IPTM, e apresentada oficialmente à CML nos Paços do Concelho, pela empresa concessionária da Marina de Lagos, sem que o IPTM estivesse representado. A proposta mereceu um parecer favorável por parte da CML, e desde então, oficialmente nada mais se sabe do futuro do Porto de Lagos.


A requalificação do Porto é uma obra fundamental para a boa imagem da cidade e para o desenvolvimento das actividades tradicionais. 


Após décadas de abandono e de reivindicações por melhores condições de trabalho dos homens do mar, eis que surge uma esperança para os lacobrigenses com o memorando de entendimento entre as partes interessadas.
Considerando que:

A) Urge portanto questionar a tutela sobre o desenvolvimento dos respectivos planos de reformulação, se são ou vão ser uma realidade. Ou se tudo isto não passa de uma manobra encapotada para terminar com a pesca artesanal no Porto de Lagos. 


No âmbito das associações é imperativo um compromisso por parte da tutela, para que as mesmas sejam consideradas e ouvidas de forma a encontrar uma solução que sirva os interesses de todas as partes, nomeadamente da pesca artesanal, desportiva, marítimas turísticas e vela;

B) O Porto de Lagos, não cumpre os requisitos mínimos de segurança para os pescadores e colocam-se sérias questões ambientais como se pode comprovar pelas fotografias incluídas neste requerimento;


 C) O Porto de Lagos vive desde sempre sem regras e os lacobrigenses anseiam há muito por um porto com a dignidade que aquele município merece, não só pela sua história mas também pela sua importância turística e sócio-económica no barlavento algarvio;

D) A requalificação do Porto de Lagos está pendente das obras a efectuar na Marina de Lagos, que por sua vez dependem do entendimento entre a Docapesca, o IPTM, a autarquia e a MarLagos, entidade que explora a Marina de Lagos.
 





Vem ao abrigo das disposições constitucionais, legais e regimentais, a deputada abaixo assinada vem requerer junto de V. Exa. se digne obter do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, resposta às seguintes questões:

1. Que as razões impedem a assinatura do memorando de entendimento entre a Docapesca, a MarLagos a Câmara Municipal e o IPTM?
 
2. Quando interfere a tutela nesta matéria defendendo e apoiando os pescadores, os lacobrigenses e os turistas em geral?
 
3. Quando tem esta “telenovela” o seu fim?


IPTM VS. CÂMARAS: AS PERGUNTAS DE LAGOS E DO ALGARVE SOBRE A TRANSFERÊNCIA DE ACTIVOS FEITAS PELA DEPUTADA ANTONIETA GUERREIRO AO MOPTC

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Assunto: Transferência dos activos não portuários do IPTM para os activos das Câmaras Municipais.

Destinatário: Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

Ex.mo Sr. Presidente da Assembleia da República,
 
«Dia Histórico», foi a expressão mais usada por José Sócrates, António Costa, António Mendonça e Natércia Cabral para exprimir o alcance do acordo que formaliza a devolução ao Município de vastas áreas da frente ribeirinha, até agora tuteladas pelo Porto de Lisboa, desafectas ao uso portuário.
 
Na cerimónia, que teve lugar no dia 14 de Junho de 2010, na Gare Marítima de Alcântara, António Costa, pela Câmara Municipal de Lisboa, e Natércia Cabral, pela Administração do Porto de Lisboa, assinaram dois documentos, em seguida homologados pelo ministro dos Obras Públicas, Transportes e Comunicações, António Mendonça: um estabelece as condições da transferência para o domínio público do Município de Lisboa de áreas sem utilização portuária até agora sob jurisdição do domínio público marítimo e gestão da APL, como as zonas envolventes da Torre de Belém, do Espelho de Água do Museu de Arte Antiga, bem como da Cordoaria, do Cais do Sodré, da Avenida Ribeira das Naus e do Poço do Bispo / Matinha; o outro fixa orientações para a cooperação institucional entre a APL e a CML, para partilha de uma gestão integrada de áreas como a Doca de Pedrouços e as zonas de Santos e da Doca do Poço do Bispo.

O primeiro-ministro, José Sócrates, na altura dos acontecimentos manifestou a sua convicção de que «este é um momento decisivo que marca o antes e o depois, uma escolha estratégica de compatibilização entre uma actividade económica essencial para o país e uma ligação entre a cidade e o rio, importante para o turismo e o lazer». 

Para o governante, esta foi uma boa solução, uma vez que se achou «o equilíbrio entre a Economia e o Ambiente, com o porto a concentrar-se nas suas áreas e a Câmara a tratar das suas. O porto dá à cidade uma aura cosmopolita e serve a competitividade do país", pelo que "Lisboa e Portugal ficam melhor servidos", reforçou o primeiro-ministro, concluindo que processos semelhantes devem estender-se a outras cidades portuguesas servidas por portos.»

Assim e ao abrigo das disposições constitucionais, legais e regimentais, a deputada abaixo assinada vem requerer junto de V. Exa. se digne obter do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, resposta às seguintes questões: 

1. O MOPTC já tem prevista a passagem dos activos não-portuários do Instituo Portuário e dos Transportes Marítimos, I.P.,  para os activos dos Municípios litorais de Portugal?

2. No caso concreto do Município algarvio de Lagos existe algum acordo entre o IPTM e a Autarquia de Lagos neste sentido?

3. Existe algum "acordo de novas áreas" (tal como foi feito em Lisboa em Junho 2010)  em que tal repartição e transferência estejam já previsionalmente definidas? 

4. O que acontecerá aos direitos adquiridos e/ou contratualizados pelo IPTM com as pessoas e empresas que operam nas áreas a transferir para a jurisdição municipal?

Palácio de São Bento, 14 de Março de 2011

A Deputada
Antonieta Guerreiro

MODERNIZAÇÃO DA LINHA DO ALGARVE: AS PERGUNTAS DE LAGOS E DO ALGARVE FEITAS PELA DEPUTADA ANTONIETA GUERREIRO À CP, À REFER E AO MOPTC

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Antonieta Guerreiro, Deputada Algarvia à AR

Assunto: Modernização da Linha do Algarve.
Destinatários: CP, REFER e MOPTC.

Ex.mo Sr. Presidente da Assembleia da República,

A circulação ferroviária na Linha do Algarve está cada vez menos eficiente e cada vez mais desajustada do quotidiano dos algarvios que pretendem acompanhar uma comunidade que se quer desenvolvida e auto-sustentada.
 
Seguem-se vários exemplos que expressam o desinvestimento, o desleixo e os embustes sucessivos no que concerne a Linha do Algarve:

A) O horário do comboio regional que parte de Lagos para Vila Real não foi adaptado ao novo horário do Alfa Pendular, a qual sofreu um atraso de 10 minutos, daqui decorrendo que os passageiros do Barlavento algarvio ficam 34 minutos, em Tunes, à espera do Alfa depois de efectuarem 57 km, numa dolorosa viagem que dura 56 minutos;
 
B) A 20 de Junho de 2006, a secretária de Estado dos Transportes Ana Paula Vitorino anunciou, em Albufeira, que até ao final do primeiro semestre de 2007 estaria concluído um estudo para reformular o sistema ferroviário do Algarve. Um estudo que seria elaborado por um grupo de trabalho composto por elementos da CCDR/Algarve, Associação de Municípios do Algarve, Refer, Direcção Geral de Transportes Terrestres e Fluviais, CP e Universidade do Algarve. A governante acrescentou que «uma das conclusões até pode ser alterar tecnologicamente toda a linha do Algarve», disse, acrescentando que o estudo contemplará as vertentes de transporte de passageiros e de mercadorias;
 
C) A 19 de Janeiro de 2010, o jornal regional “Barlavento” noticiava o seguinte texto:«do plano de actividades da Refer para a ferrovia algarvia, para os próximos cinco anos, estão também destinados 40 milhões de euros para a substituição da sinalização mecânica por sinalização electrónica no troço Olhão/Vila Real de Santo António, “de forma a introduzir maior racionalidade na exploração”, diz a empresa pública. Outra parte desta verba será aplicada em intervenções em estações, no reforço de obras de arte e em trabalhos de geotecnia»;
 
D) A 15 de Outubro de 2010, no público podia ler-se: «a renovação da linha ferroviária do Algarve deverá ficar finalizada em Abril de 2011, com a conclusão dos trabalhos nos troços Tunes/Lagos e Faro/Vila Real de Santo António, anunciou hoje a Rede Ferroviária Nacional (REFER).  A empreitada da terceira e última fase, no valor de 7,9 milhões de euros, iniciou-se em Setembro, e prevê a substituição das travessas de madeira por betão, a instalação de carris soldados em barras longas, para eliminação de juntas, e o reforço de balastro, numa extensão de 90 quilómetros. A renovação da linha ferroviária do Algarve teve início em 2008, representando um investimento de cerca de 25 milhões de euros e divide-se por três fases»;
 
E) Segundo o jornal “Correio da Manhã”de 20 de Fevereiro de 2011 podia ler-se: «Linha do Algarve vai contar com 11 comboios revistos nos próximos meses que virão substituir as automotoras da década de 80. Revistos para funcionarem no sul do País, aqueles comboios estavam em operação na Linha do Minho. Tratam-se de automotoras duplas diesel, modernizadas entre 1999 e 2001, climatizadas que oferecem 164 lugares sentados, dos quais 40 em primeira classe. Cada automotora tem um consumo médio de 1,3 litros por cada quilómetro, um valor inferior aos 1,65 litros por cada quilómetro das actuais automotoras “UDD 600”. Dos 11 comboios revistos, oito vão ficar em rotação e três servirão para cumprir o plano de manutenção e reserva de exploração. A entrada ao serviço deste material circulante será acompanhada por uma actualização do tarifário de aproximadamente cinco por cento devido, segundo a CP, à “eliminação do desconforto abaixo do padrão das actuais automotoras, nomeadamente a inexistência de ar condicionado”. Os horários também serão ajustados em função dos novos comboios. Na Linha do Minho, a CP colocou em operação comboios regionais alugados à Renfe»;
 
F) No que diz respeito à original Estação de Lagos, em Agosto de 2001, o secretário de Estado adjunto e dos Transportes, Rui Cunha, garantiu, em Lagos, aquando da assinatura de dois protocolos no âmbito do projecto "Estações com Vida", que iriam a «ser investidos cerca de 57 milhões de contos na remodelação da linha ferroviária do Sul, sublinhando que a partir do ano de 2004 seria possível ligar Faro a Braga sem necessidade de transbordo».
 
G) No que se refere a Lagos, o governante Rui Cunha referiu ainda, segundo o jornal regional “Região Sul”, de 18 de Agosto 2001, que «o projecto inclui a remodelação das linhas, o reordenamento viário da zona envolvente, a criação de um interface rodo-ferroviário e a construção de um novo edifício de passageiros. O edifício da actual estação ferroviária, devido à sua riqueza patrimonial e arquitectónica, será recuperado numa perspectiva de utilização sócio-cultural, enquanto nos terrenos libertos pela remodelação das linhas serão construídos dois complexos imobiliários de qualidade. O investimento global previsto para a execução do projecto "Estações com Vida" em Lagos é de cerca de 15 milhões de euros e inclui a construção de um complexo cultural e científico, nos terrenos confinantes com a marina e a doca de pesca, que terá como base a exploração das características intrínsecas e de interface entre os quatro elementos básicos: terra, ar, fogo e água, constituindo um verdadeiro museu de ciência viva»;
 
H) No que diz respeito à ligação directa da Linha do Algarve a Espanha, o troço entre Vila Real de Santo António e Vila Real de Santo António - Guadiana, que assegurava a ligação directa ao centro da cidade e aos ferry-boats para Ayamonte encontra-se encerrado à exploração. Macário Correia e António Eusébio, respectivamente, presidente e vice-presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve, defenderam, em 2009, a construção de uma ligação ferroviária entre esta região e Espanha. Em Outubro deste ano, foi entregue ao MOPTC Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações um relatório preliminar para a modernização da Linha do Algarve. Entretanto, a REFER afirmou investir, até ao final de 2011, 30 milhões de Euros na Linha do Algarve, em trabalhos de manutenção, incluindo a substituição de mais 21 quilómetros de travessas e 44 de carril entre Faro e Vila Real de Santo António, a renovação de 17 quilómetros de travessas e 43 de carril no Ramal de Lagos, complementando a substituição de travessas em 25,8 quilómetros neste troço. Ao que se sabe esta entidade pretende, nos próximos cinco anos, investir 40 milhões de euros na substituição da sinalização mecânica por sinalização electrónica no troço entre Olhão Vila Real de Santo António, e efectuar diversas intervenções em estações, em trabalhos de geotecnia e no reforço de obras de arte.
 
Considerando que: 

I. A electrificação da ferrovia reduz significativamente os custos de produção;
 
II. Que a colocação de monoblocos, em vez de bi-blocos, produz uma circulação mais cómoda para os passageiros;
 
III. Que a requalificação da EN125 não está efectuada e que a linha ferroviária do Algarve está obsoleta, não é justo que seja iniciado o pagamento de portagens na Via do Infante sem que haja qualquer alternativa à circulação;
 
IV. Que segundo a CP, «o Núcleo Museológico de Lagos, encontra-se situado numa cocheira de locomotivas da estação de Lagos, datada dos anos 20, a qual dada a importância que lhe é conferida, por ser um exemplar único em todo o Algarve e raro em Portugal é um tipo de construção marcadamente ferroviária»;
 
V. Que uma viagem de Vila Real de Santo António a Lagos demora quatro horas e que de carro, pela Via do Infante, a travessia do Algarve demora apenas duas horas;
 
VI. Que o troço mais bonito da Linha do Algarve é o de Olhão-Tavira, o qual proporciona uma deslumbrante a vista sobre a Ria Formosa, mas os turistas pouco o utilizam porque os comboios são quase sempre assaltados, não existindo segurança para os passageiros;
 
VII. Que num país que quer instalar TGV’s é terceiro mundista que se faça desaparecer o trajecto Olhão-Tavira, quando essa zona precisa de ser requalificada e assim valorizar o Turismo no sotavento algarvio;
 
Pelo acima exposto e ao abrigo das disposições constitucionais, legais e regimentais, a deputada abaixo assinada vem requerer junto de V. Exa. se digne obter do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, resposta às seguintes questões:
 
1. Vai a CP adaptar os horários do comboio regional de Lagos para Tunes de modo a que os passageiros não sejam obrigados a ficar à espera do Alfa 34 minutos, depois de efectuada uma viagem de 56 minutos?
 
2. No que respeita as novas carruagens prometidas, não são estas de construção anterior às que actualmente efectuam o serviço, apenas modernizadas com a introdução de ar condicionado?
 
3. A sua larga quilometragem não inclui as obras efectuadas nas linhas do Minho, Douro, Oeste e Ramal da Lousã, entre outras?
 
4. Considera-se modernização o anúncio de comboios em segunda mão como sendo novos?
 
5. Porque é que para o Algarve vão sempre os comboios antigos e rejeitados pelas outras regiões?
 
6. Que trabalhos foram já efectuados na Linha do Algarve?
 
7. Qual é o valor já investido nas obras referidas?
 
8. Confirma-se a conclusão dos mesmos em Abril 2011?
 
9. Qual o custo real e total das obras 25, 30 ou 40 milhões de euros?
 
10. Quantos troços da Linha do Algarve estão electrificados?
 
11. As travessas de betão colocadas na linha são em monobloco ou bi-bloco?
 
12. Em que situação está o projecto "Estações com Vida"?
 
13. Em que ponto está o projecto de recuperação original estação de Caminhos de Ferro de Lagos, numa perspectiva de utilização sócio-cultural? 
 
14. Porque é que se construiu uma estação com paredes exteriores em modernos painéis de cartão reforçado a escassos metros antes da belíssima estação original da CP em Lagos?
 
15. Porque não é instalado um comboio turístico como existe no TUA, no troço Olhão-Tavira de forma a rentabilizar o turismo no Algarve?
 
Palácio de São Bento, 14 de Março de 2011
 
Deputada Antonieta Guerreiro

21 março 2011

O PSD NÃO DEIXARÁ O PAÍS FICAR NUMA SITUAÇÃO PANTANOSA

*
Minutos depois de sair da reunião com Sócrates, em São Bento, para a preparação da Cimeira de quinta-feira, Passos Coelho explicou aos mercados, através de um comunicado em inglês enviado para a Reuters e para o Económico, a posição do partido. (link)
 
Durante meia-hora, José Sócrates não conseguiu convencer Pedro Passos Coelho a mudar de opinião em relação ao PEC 4, cuja inviabilização prevista para esta quarta-feira, no Parlamento, deverá levar à demissão do Governo.  

Caso o Governo não se demita na sequência do chumbo do Programa de Estabilidade e Crescimento, o líder do PSD lançou um aviso: «O PSD não deixará o país ficar numa situação pantanosa se o Governo não retirar daí as devidas ilações».

Explicando que o PSD «não diz uma coisa num dia e outra no outro», o líder laranja disse esperar que, «por mais dificuldades que tenhamos de enfrentar, e o pais vai enfrentar dificuldades - está a enfrentar dificuldades - nós teremos de as vencer, não para salvar o Governo, mas para salvar Portugal».

Passos Coelho disse ainda que o PSD «não anunciou ainda qualquer projecto de deliberação na medida em que não conhece ainda o programa de Estabilidade e Crescimento».

Em todo o caso, deixou claro não estar a ser pressionado pelas instituições europeias para deixar passar o PEC 4. «O PSD não tem sido pressionado nem por nenhuma instituição europeia, nem sequer por parceiros europeus - gostaria que isto fosse bastante claro».

A posição transmitida pelos sociais-democratas ao Governo foi, aliás, uma repetição das posições que Passos Coelho já tinha dito - a reafirmação irredutível da sua posição. «Julgamos que o esforço que o Governo quis fazer, apresentar ao país o indispensável para corrigir a situação portuguesa, foi feito de uma forma desadequada, de uma forma desleal relativamente aos órgãos de soberania, aos partidos políticos, aos parceiros sociais, e ao país. E reafirmámos ao senhor primeiro-ministro que o conjunto das medidas que foram acertadas pelo Governo com a Comissão Europeia e com o Banco Central Europeu não podem merecer a posição favorável do PSD e a sua viabilização, na medida em que configuram um caminho profundamente injusto para os portugueses na correcção dos desequilíbrios que temos».

Pedro Passos Coelho lembrou ainda que aceitou negociar o Programa de Estabilidade e Crescimento o ano passado e depois o Orçamento de Estado - mas o Estado governado por José Sócrates não cumpriu com o acordado.

«De acordo com esses documentos, Portugal deveria este ano atingir um défice de 4,6, para o ano um défice de 3 por cento e em 2013 um défice de 2 por cento. A razão por que hoje os mercados e a União Europeia duvida que esses resultados sejam alcançados deve-se, evidentemente, ao fraco desempenho que o Governo tem tido nesta matéria. Não estão, portanto, reunidas condições de confiança para que qualquer negociação seja reeditada entre o PSD e o Governo. O país sabe disso e é importante que saiba que não hesitamos nesta matéria».

O líder laranja deixou claro que esta crise não foi espoletada pelo seu partido e acusou o Governo de mentir: «O Governo abriu uma crise política em Portugal quando anunciou aos portugueses que tinha concertado um novo programa de austeridade que negou durante semanas e meses a fio em Portugal. Não foi o PSD que comunicou ao país que, para cumprirmos os objectivos, seria preciso um novo quadro de austeridade. Se esse quadro de austeridade é necessário, como hoje diz o Governo, parece-nos insustentável que o Governo estivesse semanas e meses a dizer ao país que essas medidas adicionais não seriam necessárias».

Fonte: Agência Financeira 21.Mar.2011 (c/Vídeo)

COMUNICADO DO PSD:
«Líder do PSD emitiu um comunicado, em inglês, a fundamentar o chumbo do partido ao PEC 4.
São cinco pontos, escritos em inglês, que fundamentam a posição do PSD em torno do PEC 4. Minutos depois de sair da reunião com Sócrates, em São Bento, para a preparação da Cimeira de quinta-feira, Passos Coelho explicou aos mercados, através de um comunicado enviado para a Reuters e para o Económico, a posição do partido.»
Ler o comunicado em pdf através deste LINK
Fonte: Económico 21.Mar.2011

17 março 2011

CARO SÓCRATES, QUERO VER OS MAPAS COR-DE-ROSA !

por José Borba Martins * no Talefe

O primeiro-ministro José Sócrates disse, na entrevista à SIC que terminou há pouco, que a sua convicção é a de que a alternativa ao caminho que traçou é a intervenção externa, a que chamou a “receita FMI”.

Disse também que foi face às dúvidas de diversas entidades externas sobre a exequibilidade das metas do défice público projectado para 2011 que decidiu antecipar as medidas que iriam ser tomadas em Abril para 6ª feira passada. Com um pormenor: não as comunicou nem ao PR, nem à AR, nem aos partidos da oposição nem ao seu próprio partido, como é público e está documentado.

Como a execução orçamental até final de Fevereiro – que o PM disse já conhecer, mas que só será publicada como de costume a 20 de Março – superou as expectativas do governo, e este chamado PEC 4 foi imposto de urgência pela UE – chamado pela Srª. Merkel visitou a Alemanha, momento em que o PM deve ter tido conhecimento do relatório de “compreensive aproach” que lhe originou a pressa – teve uma semana para preparar as medidas extraordinárias camufladas de antecipação das previstas.

Muito curioso é que Sócrates reage ao discurso de tomada de posse do Presidente da República – que até terá tido acesso ao documento, ainda que não via PM, o que o terá levado a produzir o discurso histórico que proferiu – dizendo  inicialmente que o Presidente se esqueceu da crise internacional – argumento utilizado por M. Soares hoje mesmo – desviando as atenções do buraco detectado – timidamente aflorado na comunicação social como sendo o do BPN… a incluir nas contas de 2010 – desenvolvendo mediaticamente por várias pessoas a tese do discurso cruel, atirada logo a seguir ao discurso de posse pelo “distante” presidente do governo regional dos Açores Carlos César,  e ensaiando assim o “grand finale” da vitimização, objectivando a queda do  seu próprio governo por culpa dos outros… pretendendo ainda candidatar-se a novo mandato como primeiro-ministro, afirmou-o hoje mesmo.

Aqui chegados, a alternativa é claramente a intervenção interna.

Concretamente no sentido de exigir publicamente de imediato duas coisas muito simples:

1) a apresentação do rol de medidas do PEC 4 v1 do Governo (que o PM dizia previsto para Abril) comparando-as com o rol de medidas do novo PEC 4 v2 exigido de urgência pela UE e apresentado com as deslealdades conhecidas a vários agentes políticos como de iniciativa governamental pelo PM…

2) é, de imediato, também exigível tanto ao governo como à UE a publicação do relatório de auditoria feito pelos enviados europeus a Portugal, de modo a saber se, sim ou não, existe – e qual é – a dimensão do buraco que, tudo aponta, tenha sido detectado nas contas de 2010. Como boa parte destas foram a base orçamental para 2011 e agora as definitivas não terão sido, portanto, validadas pela UE sem correcção adicional, importa conhecer-se qual a dimensão do buraco-”surpresa” que motivou a esta urgência no PEC 4, não vá ainda a esta antecipação de restrições sucederem-se mais algumas a muito curto prazo. É que convém, evidentemente, que Portugal e os Portugueses conheçam se – sim ou não – o buraco estará ou não anulado por mais esta pirueta da “antecipação de medidas” ou se o PM e o Governo, conhecendo a dimensão real do buraco e sendo ele várias vezes maior, tenham agora enveredado – como parece de várias fontes – por uma táctica de vitimização política desesperada e galopante – mau sinal quanto à dimensão do buraco negro detectado – pretendendo transferir-se para os outros uma responsabilidade que é politicamente de José Sócrates e do PS que, recorde-se, é o partido que governa Portugal há praticamente uma década e meia.
Terá o buraco a ver com o perímetro de consolidação da responsabilidades do Estado, não apenas nas suas contas específicas, mas também com as quase 14.000 entidades com que o Estado “Socialista”  ampliou insuportavelmente a Liberdade Económica de Portugal e dos Portugueses, designadamente, nos Bancos e nas Empresas? Fica aqui a pergunta.

Já agora, em tempo de tanto investimento financeiro e político nos recursos on-line, é de toda a conveniência para quem trabalha nas realidades locais e regionais, que seja produzida legislação no sentido de mandar publicar-se as contas mensais das autarquias, das empresas municipais e das parcerias-público privadas municipais também até ao dia 20 do mês seguinte. É que estamos a meio de Março e ninguém conhece essas realidades relativas ao ano de 2010, exceptuando uns ridículos relatórios-síntese, certamente elaborados no cumprimento legal vigente. Talvez só lá para Abril, porque sempre assim foi… Mas será sempre assim que terá que ser?

Obviamente, repito, a alternativa a Sócrates e ao PS não é a intervenção externa.
É a intervenção interna, e é o PSD. Uma intervenção interna firme, pedindo com a máxima urgência esta nova espécie de mapas cor-de-rosa desta espécie de ultimato financeiro germânico-europeu com que este cromo político – que começou a sua campanha inicial precisamente nesta minha desgraçada terra – pretende ainda continuar a enganar a História e um Povo Inteiro, sabe Deus com que prémio já negociado para tão elevado desempenho ao serviço de uma Europa germanizada que (não) evolui perigosamente e perde terreno diariamente na cena política internacional.

Como disse Abraham Lincoln: «Podeis enganar toda a gente durante um certo tempo; podeis mesmo enganar algumas pessoas todo o tempo; mas não vos será possível enganar toda a gente o tempo todo.»


* Gestor, Coordenador GAP PSD/Lagos

actualização 19.Março, 08:15
Leia AQUI o original do documento apresentado pelo PM Sócrates em Bruxelas intitulado "Note on policy guidelines and measures the Portuguese Government will adopt to address main economic challenges" publicado no Jornal de Negócios online em 18 de Março de 2011 (21:06)

16 março 2011

ISTO NÃO PODE CONTINUAR. ESTA PEÇA DE TEATRO ACABA AQUI !

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Pedro Passos Coelho afirmou esta terça-feira que o PSD não dará mais “qualquer voto para manter este equívoco”, referindo-se ao Governo. “Chegámos ao fim”, acrescentou o líder social-democrata.
 
Passos Coelho falava na apresentação do livro “Voltar a Crescer”, que compila 55 ideias de empresários para o país, e a sala “gelou” quando Passos Coelho anunciou o “fim”. “Isto não pode continuar. Esta peça de teatro acaba aqui”, referiu o social-democrata.
Já sobre as medidas do novo Plano de Estabilidade e Crescimento do Governo, Passos Coelho afirmou: “É uma deslealdade e uma falta de respeito tal” que “é suficientemente grave para pôr em causa a confiança que o país tem em quem governa”.

Fonte: Público 15.Março.2011

14 março 2011

BENSAFRIM: UM PODER POLÍTICO CADUCO E SEM IDEIAS

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A REGULAÇÃO DO TRÂNSITO DENTRO DE BENSAFRIM
por Fernando Marreiro *

O mundo da Política é de facto um espaço cheio de ideias, dedicação, trabalho e sobretudo empenhamento em prol dos outros, cuja essência reside no crer, nas convicções, nos ideais e sobretudo na forma de estar e de fazer Política.

Contudo, como em tudo na vida surgem imprevistos, formas de estar e pensar diferentes, que devemos respeitar, debater e discutir em prol de um todo, ou seja, da sociedade em geral. 

Em Bensafrim parece que caíram no esquecimento esse tipo princípios que caracterizam o nosso sistema democrático, encontramos um poder político caduco, sem ideias e egocêntrico, manipulado por uma máquina socialista que prometeu, prometeu, prometeu... e agora não consegue cumprir !

Poderia escolher meia dúzia de situações gritantes que se passam nessa freguesia e enumerá-las, mas só isso não chegava para expor a realidade do que por lá se passa. Logo, decidi publicar mensalmente um artigo sobre os «disfuncionamentos» das políticas prometidas e as reais, onde inoperância, irresponsabilidade e vazio de ideias de um Presidente de Junta e restantes membros eleitos pelo Partido Socialista é gritante!…

Comecemos então pela regulação do trânsito. 

A regulação do trânsito dentro de Bensafrim tem vindo a ser efectuada ao sabor dos interesses e amizades do Sr. Presidente da Junta de Freguesia e seus Adjuntos. Já há algum tempo, a bancada do PSD questionou na Assembleia Municipal reunida em Bensafrim sobre  a oportunidade da realização ou não de um estudo relativo ao trânsito. 

O Sr. Presidente da Junta afirmou então que não havia essa necessidade e que nem tinha queixas sobre as alterações em curso. 

Mas a Junta de Freguesia deveria saber que quaisquer políticas e estratégias de intervenção relativamente ao trânsito devem ser devidamente fundamentadas pois, contrariamente ao dito pelo Sr. Presidente de Junta, são várias as pessoas de Bensafrim que me têm manifestado espontaneamente o seu desagrado a esse nível. São posições de residentes, com as quais concordo e subscrevo, pois nas várias deslocações que faço a esta nossa Vila constatei a ausência de rigor, a falta de objectividade e a nulidade do efeito dos melhoramentos na fluência do trânsito em algumas das alterações efectuadas.

Basta transitarmos dentro da Vila de Bensafrim para constatarmos que algumas soluções para a regulação do trânsito não foram suficientemente fundamentadas, nem tecnicamente por estudos completos e actualizados, nem muito menos levaram em consideração as componentes sociológicas locais, nomeadamente o crescimento demográfico, o aumento do tráfego de proximidade junto ao Estrela Desportiva de Bensafrim, à Creche Infantil,  ao Lar de Idosos ou até o direccionamento do trânsito interno da Vila para a EN 120.


No capítulo da rede viária e da mobilidade interna em Bensafrim, devem ser questionadas algumas situações que, mesmo já aprovadas ou ainda em curso impõem, no mínimo, à Junta de Freguesia, equacionar algumas correcções que se revelarão de extrema importância para a vida diária da população local.

Vejamos alguns exemplos:

Zona A – Zona Verde 
A actual situação implicou o desvio do trânsito para esta Zona já que existe a impossibilidade de circular por dentro do parque urbano (via interna no novo parque urbano que levou pilaretes). Esta alteração teve os seguintes efeitos negativos para a população de Bensafrim:
1.    O aumento do volume de tráfego junto à Creche e Lar de Idosos que, pelo contrário, deveria ter diminuído pelas características de utilização específica desses espaços;
2.    Na zona da creche durante todo o dia, em especial no período das 8:00 às 10:00, sem esquecer que das 16:00 às 18:00 o aumento de tráfego é elevado condicionando até a  simples passagem de viaturas nessa zona, aumentando o risco de acidente, pois  trata-se de uma via de largura reduzida com trânsito nos dois sentidos;
3.    O encerramento do tráfego dentro do parque urbano condiciona a circulação do transporte de crianças no autocarro para a Creche, pois antes elas ficavam junto à entrada da própria creche;

Zona B – Parque Urbano 
Esta medida condicionou e influenciou quase toda a circulação na Vila de Bensafrim, as justificações conhecidas aparentemente não fundamentam esta alteração, o que me leva a formular as seguintes questões:
1.    Será que foi avaliada influência e importância desta via dentro de Bensafrim, pois trata-se de um acesso centenário e sem alternativas credíveis, bastando pensar na necessidade de garantir-se o acesso a veículos de emergência?
2.    Foi efectuado algum estudo de impacto no trânsito de proximidade ou na carga rodoviária que lhe está associada?
3.    Qual o registo histórico de acidentes de viação nesta Zona em que se basearam estas decisões?
4.    Se o princípio utilizado para esta medida foi a redução de velocidade, não existem outras medidas igualmente eficazes (lombas desniveladas)?

Zona C – Rua Direita
Sendo a principal artéria interna da freguesia, também aqui a Junta de freguesia quis dar destaque à sua intervenção no trânsito. Pergunto:
1. Colocou dois pilaretes na zona de estrangulamento da rua para quê? 
2. Não é um facto que esta artéria tem largura reduzida? 
3. Não é um facto que é e sempre foi visível aos olhos de qualquer condutor? 
Se foi para efectuar um “favorzito” a alguém!.. também o Sr. Presidente da Junta deveria saber e sobretudo olhar para o bem comum em primeiro lugar… pois para quem conhece o local e considerando que a Rua Direita nos remete para a Rua das Parreiras com um sentido proibido para a direita que nos obriga a uma quase impossível obrigatória circulação para a esquerda…a colocação dos pilaretes na Rua Direita foi a "cereja em cima do bolo"...
Já agora sugiro que se deveria "arranjar" o trajecto desde a Caixa Agrícola até á Escola Primária para justificar a linda lomba desnivelada que lá mandou colocar junto á escola!… 

É que as lombas provocadas pelo mau estado do pavimento são tantas que aquela foi só mais uma...
 
Por último, uma palavra para o executivo municipal socialista, dado que estas alterações são certamente acompanhadas pela Autarquia de Lagos e, nessa medida, deveriam ser melhor planeadas e equacionadas e não ir somente atrás de sentimentos ou favorecimentos de quem quer que seja!... 

Quero terminar, por hoje, perguntando como pensa a autarquia articular e compatibilizar a planta da rede viária de Bensafrim no futuro, dado que o desenho actual não reflecte as necessidades e muito menos a realidade actual desta vila?...

* FERNANDO MARREIRO é Vogal da Comissão Política Concelhia de Lagos do PSD e Deputado Municipal.