«Não foram seguramente a crise financeira mundial, tampouco o PSD, e muito menos Pedro Passos Coelho, os responsáveis pela desastrosa condução das contas públicas portuguesas, na comparação do final de 2004 com o final de 2009. O défice orçamental subiu de 3,4% do PIB, para 9,4%. A dívida pública total passou de 88,5% do PIB, para 114,7%. O crescimento económico passou de 1,5% para 2,7% negativos. O desemprego rebentou a escala dos dois dígitos. E o saldo da balança comercial revela a extrema fragilidade de uma economia que importa quase tudo o que come. Este é o resultado de anos consecutivos de estratégias políticas erradas, de um regabofe despesista do Estado, de um falso-riquismo escandaloso e exibicionista nas empresas públicas, da insistência demente em projectos megalómanos que o país não tem condições para suportar. O responsável por esta falência colectiva só tem um nome, Sócrates, e uma marca, Partido Socialista. Foram eles quem nos inscreveu no clube mais desdenhado da Europa, os PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha), que ameaça o futuro da União Europeia e da moeda única. Teria sido muito fácil para o PSD, e para Passos Coelho, olhar para si próprios, para o seu interesse individual, e chegar ao poder já em Junho ou Setembro deste ano. Ao optar por apoiar as medidas odiosas de reforço do PEC, pagaram o preço de quem quis dar a mão ao País, parecendo dar a mão a Sócrates. O País, os portugueses, não sabem como esteve iminente a bancarrota há meia dúzia de dias. Seria chegar ao poder, sobre os escombros de uma corrida aos bancos sem liquidez nem acesso ao mercado financeiro, da destruição das poupanças de milhões de cidadãos, e de outras consequências tão dramáticas que aqui não nos cabe contar. Até pode não chegar o esforço extra agora pedido aos portugueses. Mas sobrou um líder partidário que mostrou pensar mais nos outros do que nele próprio. E que teve a humildade de pedir desculpa, por culpas que não teve. Demonstrou sentido de Estado, consciência e humanidade.
O resto, é demagogia e berreiro, que não resolvem coisa nenhuma.» * www.mendesbota.com
20 maio 2010
CRISE, RESPONSABILIDADE E HUMILDADE
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