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«A verdade é que nenhum de nós tem de ceder riqueza, o que nos temos é de a saber criar.
Muita gente, durante demasiados anos, convenceu-se de que tinha, como em certos estatutos, chegado àquele patamar em que mais nada lhe pode acontecer... e que a partir daí já não pode baixar...a partir daí não tem que provar nada, tem de desfrutar do seu estatuto.
Ora bem, aqueles que olham para Portugal, para a Europa, para a sua vida como alguém que só precisa de desfrutar do seu estatuto...só pode vir a empobrecer. Pela simples razão de que há muita gente que olha para a sua vida como se tivesse todos os dias de provar alguma coisa. Que todos os dias anda atrás daquilo de que precisa para poder viver melhor. Ele e os seus semelhantes. Que, nesse processo, às vezes se cavam injustiças, desigualdades, mas que é importante que nós confiemos em que o Estado, as nossas associações cívicas, a nossa sociedade, possam intervir de modo a corrigir essas injustiças e essas desiguldades, de que a pessoas se possam aproximar de caminhos de Democracia crescente, de qualidade dessa Democracia ainda mais exigente por forma a que as desigualdades sejam cada vez menos relevantes.
Mas o que é preciso é que possamos aplicarmo-nos de modo a descobrir novas soluções para podermos viver melhor.»
«Tivémos, nestes últimos 15 anos, políticas extremamente generosas para toda a gente. Deitámos dinheiro para cima de tudo. Endividámo-nos a uma velocidade excessiva. Sem criarmos melhores oportunidades de escolha, sem termos melhor qualidade nas políticas que prestávamos, o Estado cada vez pediu mais a toda a gente para poder dar o mesmo (ou menos) em troca.
O que é que aconteceu? Aconteceu que as empresas foram definhando, todas aquelas que acrescentam valor, que exportam, enfrentaram cada vez mais dificuldades.
E todos aqueles que vivem com o Orçamento de Estado em cima da mesa, todos esses repartiram uma riqueza que não estava a ser criada. E, portanto, repartiram a dívida.
E agora há uns mais impacientes que dizem "nós endividámo-nos, criámos estes problemas, não fizémos como os senhores, há uns anos atrás, as reformas que devíamos ter feito, para que a economia crescesse e para que as políticas tivessem um peso comportável nos nossos impostos, agora façam favor, emprestem-nos as vossas poupanças, ajudem-nos cm a riqueza que os senhores criaram para que nós possamos sair da nossa crise".
E a verdade é que esses países estão a fazer isso. É por isso que eu acredito no projecto europeu. Esses países estão a ajudar-nos a resolvermos os nossos problemas.
O que não faz sentido é estarmos sempre a deitar as culpas para quem nos está a ajudar. Aqueles que nos ajudam não cumprem uma obrigação. Defendem também as suas economias, é certo. Mas apostam, apostam numa Europa mais forte. Se o não fizessem, não estavam esses políticos os seus eleitores e a dizer-lhes que iriam suportar mais custos para poder ajudar quem não fez o que devia em devido tempo.
Esta é a razão pela qual eu acredito que a Europa vai conseguir superar este problema maior em que está envolvida.»
Temos um governo hoje em Portugal que é um governo socialista, que é de alguma maneira herdeiro e ao mesmo tempo fautor das políticas erradas que nós seguimos nestes 15 anos. Eu sei que, às vezes, as pessoas têm muita dificuldade em admitir que fizeram mal. Que foram demasiado ligeiros, que não pensaram devidamente no futuro.
É possível ser socialista e não ser irrresponsável. Acreditam nisso?...
«Tivémos, nestes últimos 15 anos, políticas extremamente generosas para toda a gente. Deitámos dinheiro para cima de tudo. Endividámo-nos a uma velocidade excessiva. Sem criarmos melhores oportunidades de escolha, sem termos melhor qualidade nas políticas que prestávamos, o Estado cada vez pediu mais a toda a gente para poder dar o mesmo (ou menos) em troca.
O que é que aconteceu? Aconteceu que as empresas foram definhando, todas aquelas que acrescentam valor, que exportam, enfrentaram cada vez mais dificuldades.
E todos aqueles que vivem com o Orçamento de Estado em cima da mesa, todos esses repartiram uma riqueza que não estava a ser criada. E, portanto, repartiram a dívida.
E agora há uns mais impacientes que dizem "nós endividámo-nos, criámos estes problemas, não fizémos como os senhores, há uns anos atrás, as reformas que devíamos ter feito, para que a economia crescesse e para que as políticas tivessem um peso comportável nos nossos impostos, agora façam favor, emprestem-nos as vossas poupanças, ajudem-nos cm a riqueza que os senhores criaram para que nós possamos sair da nossa crise".
E a verdade é que esses países estão a fazer isso. É por isso que eu acredito no projecto europeu. Esses países estão a ajudar-nos a resolvermos os nossos problemas.
O que não faz sentido é estarmos sempre a deitar as culpas para quem nos está a ajudar. Aqueles que nos ajudam não cumprem uma obrigação. Defendem também as suas economias, é certo. Mas apostam, apostam numa Europa mais forte. Se o não fizessem, não estavam esses políticos os seus eleitores e a dizer-lhes que iriam suportar mais custos para poder ajudar quem não fez o que devia em devido tempo.
Esta é a razão pela qual eu acredito que a Europa vai conseguir superar este problema maior em que está envolvida.»
Temos um governo hoje em Portugal que é um governo socialista, que é de alguma maneira herdeiro e ao mesmo tempo fautor das políticas erradas que nós seguimos nestes 15 anos. Eu sei que, às vezes, as pessoas têm muita dificuldade em admitir que fizeram mal. Que foram demasiado ligeiros, que não pensaram devidamente no futuro.
É possível ser socialista e não ser irrresponsável. Acreditam nisso?...
Não podemos ficar a olhar para trás.
Todos temos a oportunidade de mudar.»
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(Francisco Sá Carneiro, 1º Discurso, Matosinhos 1969)
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